Gestão educacional e altas habilidades/superdotação: construindo pontes para uma maior sinergia

 

Educational management and high skills/giftedness: building bridges for greater synergy

 

Gestión educativa y altas habilidades/superdotación: construyendo puentes para una mayor sinergia

 

 

 

Recibido: 28/10/2023

Aprobado: 05/12/2023

 

Este artículo ha sido aprobado por la editora, Dra. Susana Graciela Pérez Barrera

 

Maristela Cernicchiaro Deos1

 

 

Resumen

 

 

Este artigo teve como prosito destacar a importância do gestor educacional na busca pelo fim da invisibilidade da população de estudantes com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), considerando as possibilidades que sua função lhe concede para promover mudanças no contexto escolar. Os resultados alcançados foram produtos da pesquisa intitulada “Altas Habilidades/Superdotação: um desafio contemponeo para a gestão educacional, desenvolvida no curso de Mestrado Profissional em Gestão Educacional (MPGE), no Programa de Pós-graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2021-2023). O objetivo geral foi analisar as concepções dos gestores educacionais sobre a importância da inclusão da temática das Altas Habilidades/Superdotação na formação continuada para professores, verificando o impacto da socialização da pesquisa com os participantes, no período de outubro a dezembro de 2022. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, que utilizou a entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados, com nove gestoras educacionais que atuavam em instituições de ensino público e privado, em Porto Alegre e Grande Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados provenientes da análise de conteúdo das respostas indicaram que a falta de  informações  e  de formaçõeespecíficas  para  os  profissionais  da  educação dificultam a identificação e colaboram para a manutenção da invisibilidade dessa população de estudantes na escola, permanecendo à margem das considerações e dos planejamentos na área educacional.

 

Palavras-chave: altas habilidades/superdotação, gestão educacional, inclusão.

 

 

 

 

 

 

1 Mestra em Gestão Educacional, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Porto Alegre, Brasil. Email:

marisdeos@hotmail.com, ORCID: 0009-0002-0046-4350.

 

RSEUS, Montevideo, 11(1), 51-64, 2023

https://rifedu.ude.edu.uy/index.php/RSEU

 

Soriano 959 Montevideo Uruguay Tel. 598.2900.2442 revistaseducacion@ude.edu.uy


 

Abstract

 

 

The purpose of this article is to highlight the importance of the educational manager in th quest   to   en th invisibility   o th populatio o students   with   High Abilities/Giftedness (AH/GD), considering the possibilities that their role gives them to promote changes in the school context. The results achieved were the product of          research entitled "High Ability/Giftedness: a contemporary challenge for educational management", developed during the Professional Master's Degree in Educational Management (MPGE), in the Postgraduate Program at the University of Vale do Rio

dos Sinos (2021-2023). The general objective was to analyse the conceptions of educational  managers  about  the  importance  of  including  the  theme  of  High

Ability/Giftedness in continuing teacher training, verifying the impact of socializing the research with the participants, from October to December 2022. This was an exploratory qualitative study that used semi-structured interviews as a data collection tool with nine educational managers who worked in public and private educational institutions in Porto Alegre and Greater Porto Alegre, in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. The results from the content analysis of the responses indicated that the lack of information and specific training for education professionals makes it difficult to identify and contributes to maintaining the invisibility of this population of students at school, remaining on the margins of educational considerations and planning.

 

Keywords: high ability/giftedness, educational management, inclusion.

 

Resumen

 

El prosito de este artículo fue resaltar la importancia del gestor educacional en la squeda por reducir la invisibilidad de la población de alumnos con Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), considerando las posibilidades que su papel le otorga para promover cambios en el contexto escolar. Los resultados alcanzados fueron producto de la investigación titulada "Altas  Habilidades/Superdotação: un desafío contemponeo para la gestión educativa", desarrollada durante la Maestría Profesional en Gestión Educativa (MPGE), en el Programa de Posgrado de la Universidad de Vale do Rio dos Sinos (2021-2023). El objetivo general fue analizar las concepciones de los gestores educativos sobre la importancia de incluir el tema de las Altas Habilidades/Superdotação en la formación continua de los docentes, verificando el impacto de la socialización de la investigación con los participantes, de octubre a diciembre de 2022. Se trató de un estudio cualitativo exploratorio que utilizó entrevistas semiestructuradas como instrumento de recolección de datos con nueve gestores educacionales que actuaban en instituciones de enseñanza públicas y privadas de Porto Alegre y área metropolitana, en el estado de Rio Grande do Sul, Brasil. Los resultados del análisis del contenido de las respuestas indicaron que la falta de información y de formación específica de los profesionales de la educación dificulta la identificación y contribuye a mantener la invisibilidad de esa población de alumnos en la escuela, quedando al margen de las consideraciones y de la planificación educativa.


 

 

 

Palabras clave: altas habilidades/superdotação, gestión educativa, inclusión.

 

 

 

Introdão

 

 

A educação de estudantes com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) no

Brasil é um tema desafiador. Apesar da legislação brasileira ter evoluído consideravelmente na elaboração de políticas públicas educacionais, ainda há avanços necessários para compreender as características e as singularidades dessa população presente nas escolas de todo o país.

 

A identificação dos estudantes com AH/SD é um dos grandes obstáculos a serem superados pelos sistemas educacionais. Essa constatação vai ao encontro das informações obtidas junto ao Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira (INEP, 2021) e do Sistema de Informação da Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Sul (ISE), mostrando que, no Brasil, do total de alunos matriculados na educação sica, tem-se um percentual de 0,05% de estudantes com AH/SD matriculados. no Rio Grande do Sul, esse percentual é de

0,021% de estudantes com AH/SD matriculados (INEP, 2021).

 

Diante do exposto, surge a necessidade de se explorar outras perspectivas do contexto escolar em busca de mudanças para esse cerio. Partindo desse pressuposto, entendeu-se como fundamental considerar a figura do gestor educacional e as possibilidades que a sua função lhe concede para intervir na organização da sua instituição educacional e promover algumas modificações junto à comunidade escolar.

 

Informar, orientar e instrumentalizar o educador e demais profissionais em Educação a respeito da tetica das AH/SD é um grande passo para dissolver a invisibilidade e propiciar a identificação dessa população. Nesse sentido, esta pesquisa desenvolveu-se sob este viés, ou seja, considerando o gestor educacional como uma peça-chave, um profissional estratégico para a conquista de prositos mais inclusivos, que considere e valorize as diferenças sem renunciar à equidade na educação. O que se pretende é que o gestor educacional possa perceber-se como um possível agente dessas mudanças, de forma a tornar real que a temática das AH/SD faça parte das formações continuadas para professores e que a inclusão e o atendimento adequado a este estudante sejam estabelecidos.

 

 

 

Antecedentes da pesquisa

 

 

A compreensão da evolução do conhecimento na área de interesse é crucial para identificar as lacunas existentes e definir a relevância da pesquisa. Explorar os estudos com contribuições significativas que constituíram o cerio acadêmico no

 

 

 


 

 

campo da Gestão Educacional e Altas Habilidades/Superdotação é um importante passo na busca por respostas ou constatações.

 

A investigação do material de pesquisa foi realizada no catálogo de Teses e Dissertações e no Catálogo de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal    de    Nível    Superior    (Capes),    utilizando    os    descritores    “Altas

Habilidades/Superdotação”, “Altas Habilidades/Superdotação AND “Identificação e     “Altas Habilidades/Superdotação AND “Gestão”, refinados à área de Educação e Educação Especial no período de 2017 a 2022.

 

De forma geral, as teses, dissertações e os artigos selecionados têm no seu teor: informações, constatações e pareceres dos pesquisadores reiterando a importância e reafirmando o direito à identificação do sujeito com AH/SD. Destacam que a percepção e a indicação desses sujeitos para o atendimento adequado às suas necessidades, por parte dos professores, têm grande relevância, mas que, para tanto, é necessário investimento em formações para esses profissionais e um maior número destudos e instrumentos que facilitem  o  trabalho, considerando  comalvo  o estudante da educação básica ao ensino superior. Trazem a figura do gestor educacional como um importante aliado na busca pela eliminação de obstáculos e enfatizam que a realidade das condições da educação brasileira deve ser considerada para o desenvolvimento desses estudos e possíveis instrumentos avaliativos.

 

 

 

Fundamentação teórica

 

 

 

As contribuições dos autores, voltadas ao objeto de estudo da pesquisa, estão aqui representadas. Buscaram-se refencias sobre AH/SD, Inteligência e Inclusão e Gestão Educacional em autores como Gardner (1995; 2001), Renzulli (1978; 1986;

2016; 2018), Virgolim (2007; 2014), Pérez (2006; 2008; 2016), Freitas e Pérez (2010), Mantoan (2006), ck (2015), entre outros reconhecidos por suas pesquisas, seus conhecimentos empíricos e suas colaborações para a consolidação e discussão de conceitos.

 

Foram desenvolvidas oito seções como base para a pesquisa, dispostas da seguinte forma:   Inclusão; Implicações sobre o desenvolvimento do conceito de inteligência; A teoria das inteligênciasltiplas de Howard Gardner; Altas Habilidades/Superdotação; As Altas Habilidades/Superdotação para Renzulli; Altas Habilidades/Superdotação: nomenclatura utilizada no contexto educacional do Brasil; Gestão Educacional e Altas Habilidades/Superdotação.

 

A inclusão é um dos temas de destaque da educação na atualidade. As políticas educacionais têm procurado adaptar o sistema formal às necessidades emergentes da sociedade contemponea que passou a compreender a Educação como um direito de todos e reivindicar o acesso daqueles sujeitos que anteriormente eram excluídos. Para tanto, deve-se observar que a Educação Inclusiva prevê como pilar a Inclusão Escolar de todos e não apenas dos estudantes pertencentes ao


 

 

público atendido pela Educação Especial (estudantes com deficiências, transtornos do espectro autista e altas habilidades/superdotação).

 

O equilíbrio consiste nconvívio que  respeita as diferenças e unifica os direitos. Incluir aqueles que são considerados diferentes, baseado em um referencial social, e uniformizar ações ou expectativas pode ser uma forma de exclusão, pois não

se pode esperar o mesmo resultado de sujeitos que têm realidades e capacidades         

diferentes. Incluir é necessário e legítimo, afirma Mantoan (2006), considerando que

a escola pode ser o único espaço de acesso aos conhecimentos, contribuindo para o desenvolvimento sociocultural e de conquista de oportunidades para uma vida digna do estudante e futuro cidadão.

 

Sobre o conceito de inteligência as concepções e as definições têm suas origens remetidas à Grécia Antiga nos escritos dos grandes filósofos. Conforme Gama (2006), a referência sobre a inteligência era frequente entre os estudiosos, mas foi Platão que associou sua definição à habilidade para aprender.

 

Com a passagem do tempo, outros pensadores surgiram e propuseram visões sobre a temática, que a hoje fazem parte do conceito contemporâneo de inteligência como Francis Galton e Alfred Binet que criaram, então, um instrumento que testava as habilidades verbais e de lógica, baseado nas exigências escolares da época. Esse instrumento psicotrico, que avalia a inteligência de acordo com o coeficiente obtido em mensuração quantitativa, veio a servir como base ao primeiro teste de coeficiente intelectual (QI), desenvolvido mais tarde por Lewis Terman (Gama, 2006). Ainda, conforme a autora, ao longo dos anos, vários entendimentos e concepções surgiram sobre o tema, foram discutidos e, amesmo, categorizados pelos estudiosos.

 

A respeito da Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner, na cada de

1980, destacou-se o conceito plural de inteligência proposto pelo autor. Do ponto de vista  da educação, a importância da Teoridas Inteligências  Múltipla(está diretamente relacionada às diferentes formas de aprender de cada sujeito. A teoria desconstrói o tradicional conceito de inteligência e instiga a que se aprimorem, ampliem, diversifiquem e flexibilizem as metodologias de ensino e avaliação, além de destacar que cada estudante tem uma ou mais formas diferentes de aprendizagem. Sendo assim, respeita as diferenças individuais e pode potencializar as formas inclusivas de se trabalhar em educação. Os estudos de Gardner são grandes aliados de tricos e pesquisadores que consideram que os processos de aprendizagem devem respeitar e se adequarem às dificuldades, às características e às potencialidades de cada sujeito democraticamente.

 

Assim como no conceito de inteligência, as Altas Habilidades/Superdotação também tiveram muitas definições ao longo do tempo. A título de ilustração, Gama (2006) relata que, nos Estados Unidos, na cada de 1980, chegou-se a dezoito diferentes visões de superdotação.

 

Renzulli (2018), na Teoria dos Três Ais da Superdotação, apresenta uma conceituação que objetiva mostrar as principais dimensões do potencial humano para a criatividade produtiva. Sua teoria sustenta a confluência dos três conjuntos de traços: habilidade acima da média, compromisso com a tarefa, criatividade e suas


relações com áreas gerais e específicas do desempenho, não se atendo ao quociente intelectual (Renzulli, 2018).

 

Ressalta-se que, conforme o autor, a superdotação não é vista como um estado absoluto ou estático, mas como um comportamento (talvez um conjunto deles

precocidade, assincronismo, independência, autonomia, empatia, sensibilidade, imaginação e originalidade) que são acionados para a resolução de problemas.          Comportamentos superdotados de vários tipos e graus podem ser desenvolvidos e demonstrados por certas pessoas, em certos momentos e sob certas circunstâncias” (Renzulli, 2018, p. 28).

 

Em relação à nomenclatura sobre as AH/SD utilizada no contexto educacional do Brasil, foi constatado que a pluralidade dos conceitos de inteligência tamm influenciou variações na terminologia para designar os sujeitos que se destacam nas diferentes áreas da  inteligência.  As concepções mais antigas admitem  o  termo “Superdotação como equivalente de escores superiores na inteligência linguística e do raciocínio gico, e Talento para as áreas artísticas e demais inteligências (Bendelman & Pérez, 2016).

 

A discussão sobre o termo adequado para definir as AH/SD, o alto potencial, o talento ou altas capacidades, foi bastante ampla entre os pesquisadores da temática. No entanto, a partir do X Congresso Iberoamericano de Superdotação, Talento e Criatividade, que ocorreu em Foz do Iguaçu em 2014, o qual teve a presença de 11 países e da presidenta do World Council of Gifted and Talented Children, entendeu- se que o há diferenças qualitativas ou quantitativas entre os termos (Bendelman & Pérez, 2016). Deste modo, passou a ficar definida a utilização de “Altas Habilidades/Superdotação para referirmos a esse perfil de comportamento (Bendelman & Pérez, 2016).

 

Quanto à Gestão Educacional e AH/SD, destacou-se a visão de alguns autores. Conforme ck (2015), a partir da cada de 1990, a expressão gestão educacional passa a ser mais aceita na literatura como consequência de uma percepção no contexto educacional sobre as mudanças necessárias nos sistemas de ensino. Na visão da autora, houve novos entendimentos e desdobramentos sobre a significação dos termos que envolvem o assunto, desencadeando uma mudança de designação de processos de direção, de liderança, de coordenação de instituões educacionais e de administração educacional para gestão educacional (Lück, 2015).

 

Para Oliveira e Vasques-Menezes (2018), a gestão educacional, além do aspecto burocrático-administrativo, solicita ao gestor que desenvolva uma tarefa de articulação, de coordenação e de intencionalidade pedagógica. Destacam tamm, que o processo de tomada de decisões coletivas na dimensão política exerce o princípio da autonomia, mas requer do gestor nculos mais estreitos com professores, famílias e comunidade escolar.

 

As atribuões e as responsabilidades do gestor educacional, segundo Câmara (2016), incluem a predisposição para o trabalho coletivo, o gerenciamento financeiro e pedagógico da instituição, a articulação e a mediação dos relacionamentos com a comunidade escolar. O gestor deve demonstrar firmeza de prositos e iniciativa para


a realização das ações, atualizar seus conhecimentos sobre os assuntos técnicos, administrativos e legislativos, ter espírito ético e solidário constituído por uma liderança democrática, desenvolver a capacidade de autoavaliar-se, promover a avaliação do grupo e buscar a inovação tecnogica e soluções criativas para as questões do cotidiano.

 

No caso observado por este estudo, os estudantes com AH/SD tendem a         

desafiar o gestor educacional a se manter atento e informado sobre as singularidades

que envolvem este perfil. Para que possa trazer ao conhecimento dos educadores e demais profissionais da educação que as necessidades específicas deste público são referentes às diferenças qualitativas do seu desenvolvimento cognitivo, socioemocional, de produção de conhecimento e de capacidade criativa. Tal consciência, poderia propiciar uma convivência mais construtiva e respeitosa a todos os que, com ele, estiverem envolvidos no meio escolar.

 

Tornar um sistema educacional um ambiente inclusivo, que acolhe, mantendo- o empático, respeitoso e estimulante talvez seja um dos grandes objetivos a se alcançar pelos profissionais da gestão, pois constata-se que esta condição oportuniza o acesso à educação para todos.

 

 

 

Caminhos metodológicos

 

 

 

No contexto deste estudo, optou-se por uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratória, apoiado nas concepções de Minayo (2001) e Flick (2009), buscando contextos, expressões, significados, crenças, atitudes e outros aspectos. Para a coleta de dados foi escolhida a entrevista semiestruturada, que segundo Gil (2008) é uma técnica, mas também pode ser vista como uma forma de interação social bastante flexível e utilizada para objetivos voltados para diagsticos e orientação.

 

A elaboração das perguntas para o roteiro da entrevista procurou explorar diferentes aspectos e perspectivas, abrangendo  tanto questões gerais como as específicas relacionadas ao tema de pesquisa. Pretendeu-se organizá-lo de maneira lógica e sequencial para garantir uma condução coerente da entrevista para posterior análise dos dados coletados.

 

Dentro dos procedimentos metodogicos destaca-se que a seleção dos participantes foi por meio daTécnica de Snowball (bola de neve), Vinuto (2014), em que o pprio participante da pesquisa indica o nome do pximo a ser entrevistado. Os critérios de inclusão foram ser gestor educacional nas funções de diretor, vice- diretor, coordenador pedagógico, supervisor, orientador ou outra função que compunha a equipe diretiva de uma instituição de ensino, na cidade de Porto Alegre ou Grande Porto Alegre e para a exclusão, o integrar os critérios de inclusão. Participaram da pesquisa nove gestoras educacionais.

 

Baseado em Moraes (1999), os dados da pesquisa foram classificados em categorias de análise para posterior interpretação, buscando compreender significados. Quanto aos aspectos éticos, é importante destacar que cada gestor leu


e assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em que constavam todas as informações sobre a pesquisa e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unisinos, antes de iniciar a entrevista.

 

 

Resultados e discussões

 

 

 

As participantes da pesquisa são nove mulheres, selecionadas de acordo com os critérios estabelecidos: faixa etária de 37 a 55 anos, gestoras educacionais com atuação na coordenação, orientação, supervisão, vice -direção e direção de instituições escolares. A experiência na função das participantes varia entre 5 e 17 anos, em instituições do ensino público ou privado, em Porto Alegre e Grande Porto Alegre. As entrevistadas têm formação superior e s-graduação em nível de especialização e mestrado.

 

Os dados da pesquisa foram analisados e classificados em três categorias: Percepção das gestoras quanto às Altas Habilidades/Superdotação; a realidade do co das escolas onde atuam as gestoras entrevistadas; a desinformação afetando a decisão dos gestores sobre a formação continuada dos professores.

 

As categorias finais na alise de entrevistas fornecem uma estrutura organizada para compreender e interpretar os dados qualitativos coletados, facilitando a identificação de padrões, relações e tendências relevantes para responder às perguntas de pesquisa e alcançar os objetivos do estudo (Moraes,

1999).

 

 

 

Percepção das gestoras educacionais quanto à temática das AH/SD

 

 

 

Quanto ao conceito de AH/SD, percebeu-se que as gestoras constrram seus entendimentos em três perspectivas: a primeira compreende que as AH/SD estão diretamente relacionadas ao conceito popular de inteligência, colaborando com Wechsler e Suarez (2016) em seu estudo sobre a “Percepção de professores em cursos de formação sobre talentos/superdotação”, que constatou a ausência de conhecimentos tricos e práticos específicos sobre a temática. A segunda é de que as AH/SD se relacionam com a inteligência que é entendida como um fator único, dividido em áreas do conhecimento. Uma dessas áreas tem uma performance que se destaca, indicando semelhanças com a teoria dos dois fatores de inteligência de Spearman (1927), que a entende como um fator simples (fator g) implícito a todas as atividades cognitivas (Almeida, 2002), e o outro, um fator específico (fator s) relacionado a áreas específicas do conhecimento: as particularidades (Almeida, 1988; Ribeiro, 1998). A terceira perspectiva entende a relação das AH/SD com a inteligência que existe para cada área específica do conhecimento, estabelecendo uma conexão com a Teoria das Inteligências Múltiplas (Gardner, 1995), que classifica oito inteligências independentes e que podem se apresentar em níveis diferentes.


 

 

Segundo os resultados obtidos da análise das entrevistas, evidencia-se a necessidade de trabalhar, junto aos gestores, o conceito de AH/SD para além dos estereótipos e informações superficiais, considerando-se que:

 

Ao restringir o conceito de AH/SD exclusivamente à superdotação intelectual, acaba-se sucumbindo ao terrível equívoco de que a inteligência é algo mensurável, que um excelente desempenho é sinônimo de superdotação e

que  um  bom  currículo  (entenda-se  aqui  apenas  um  conteúdo  mais           

aprofundado ou mais completo) é estratégia pedagógica suficiente para atender a este tipo de aluno (Pérez, 2008, p. 43).

 

Essas perspectivas vêm a colaborar com a constatação de que ainda se têm diferentes entendimentos a respeito do conceito de inteligência e que existe uma relação estabelecida com as AH/SD, mas o se pode considerar estes dois conceitos como sinônimos.

 

Cabe destacar que nesta categoria surgiu uma subcategoria denominada Um olhar para o gênero”. A relação entre gênero e AH/SD não foi especificamente abordada na entrevista, mas surgiu nos comentários de duas Gestoras de forma espontânea e demonstrou que a percepção destas profissionais, em relação a manifestação do comportamento em AH/SD, tinha acontecido em meninos.

 

As questões relativas ao gênero merecem uma discussão ampla e com maior profundidade. É fundamental destacar que o existem diferenças comprovadas entre mulheres e homens, embora na infância apenas 30% das meninas são identificadas e atendidas, enquanto na vida adulta esse percentual se inverte (Barrera-Pérez, 2022).

 

A influência cultural de alguns ambientes, locais, cidades e países pode servir para reforçar estereótipos e construir barreiras no desenvolvimento das habilidades dos sujeitos, principalmente das mulheres (Prado & Gonçalves, 2011). As autoras afirmam que o papel social que é destinado à mulher, assim como o estímulo aos seus potenciais pode ser promovido ou inibido de acordo com o contexto, inclusive o escolar.

 

 

 

A realidade do co das escolas onde atuam as gestoras entrevistadas

 

 

 

Apesar da percepção da autora sobre existir um “bom senso presente no contexto geral das respostas, durante as entrevistas, foi perceptível que as gestoras sabem da importância de se conhecer a legislação específica de Educação Especial, mas nem sempre isso se estabelece como uma prioridade se comparada à necessidade de resolução de demandas mais urgentes que se apresentam na rotina da escola.

 

Quanto aos instrumentos de gestão, como o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola, constatou-se que, na grande maioria dos casos, esse documento o estava atualizado ou não era utilizado conforme com suas finalidades.


 

De acordo com Libâneo (2004), o PPP é o documento que contém as ações do processo educativo com suas diretrizes e detalhamento dos objetivos a serem desenvolvidos na escola, além das principais exigências legais e sociais do sistema de ensino, expressando os prositos e expectativas da comunidade escolar.

 

O PPP é também um promotor à autonomia da gestão, pois deve considerar a especificidade (AH/SD), a realidade e a diversidade de cada escola. Além disso,          fortalece a identidade da instituição quando define como os agentes da comunidade

escolar (gestores, professores, famílias e estudantes) podem desempenhar suas funções (Ferreira, Barra Nova, 2016). Dessa forma, a ausência ou a desatualização do PPP pode refletir diretamente nas orientações para o funcionamento da instituição de ensino e na qualidade dos atendimentos aos estudantes.

 

Sobre a existência de alunos com AH/SD na escola de atuação das gestoras, quatro informaram que têm estudantes matriculados e identificados com esse perfil, mas que todos eles tiveram seus processos de identificação desenvolvidos fora da escola.

 

É bastante comum que algumas escolas optem por solicitar/aceitar uma avaliação feita fora da escola, de um estudante a respeito da identificação em AH/SD. Esta situação pode ocorrer pela falta de informação sobre a tetica no ambiente escolar, ausência de profissionais especializados para conduzir o processo de identificação ou pelo entendimento equivocado de que, sendo o estudante com AH/SD público-alvo da Educação Especial, esta condão se classifique como doença, síndrome ou transtorno. É importante destacar que as AH/SDo constam no Código Internacional de Doenças (CID), nem do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), poiso se trata de uma doença, síndrome ou transtorno, mas de um “comportamento” (Renzulli,1984). Tal “comportamento pode se apresentar frente a uma situação específica de desafio ou resolução de problemas reais.

 

A proximidade com o estudante e a regularidade dos encontros na escola permitem ao professor uma observação mais consistente de comportamentos e características, tornando possível estabelecer uma relação com os indicadores de AH/SD. Mas, de acordo com as gestoras, a tetica das AH/SD não foi abordada nas formações continuadas para os professores de suas escolas, a o momento da entrevista.

 

A  formação  continuada  para  professores é  um  processo  de  aprendizado contínuo que busca aprimorar as habilidades e competências dos docentes ao longo das suas carreiras. Para Freitas e Pérez (2010), existe a necessidade de o professor conhecer as características individuais do estudante com AH/SD, bem como as diferentes formas de manifestação de suas singularidades, por meio da observação, para que seja possível identificar o seu funcionamento, com suas prefencias, dificuldades e facilidades. Além disso, as formações continuadas para professores têm um papel fundamental na construção de uma aprendizagem de excencia dos estudantes, suas formações como cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres (Machado & Abreu, 2020).


 

Um outro assunto abordado foi quanto ao atendimento adequado ao estudante com AH/SD. Este importante componente do desenvolvimento e estímulo de potenciais deveria acontecer em sala de aula regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), normalmente, desenvolvido em sala de recursos multifuncional. Neste aspecto, foi observado que as escolas têm um entendimento bastante diversificado sobre como definir este atendimento. Houve relatos de atendimento por

meio de tarefas extras classe, planejamento conjunto de atividades entre a professora         

da sala de recursos e o professor do ensino regular e possibilidade de flexibilização de currículo. Apenas em duas escolas o estudante com AH/SD tem atendimento em sala de recursos multifuncional para suplementar a sua aprendizagem.

 

A frequência dos estudantes com AH/SD na sala de recursos multifuncional poderia possibilitar aos professores um maior conhecimento sobre a tetica, aos estudantes, um autoconhecimento sobre seus funcionamentos e possibilidades. Estas ações, desde que alinhadas, poderiam ser colaborativas para a redução da invisibilidade deste blico na escola.

 

 

 

A desinformação afetando a decisão das gestoras sobre a formação continuada dos professores

 

 

 

É interessante observar que o debate acerca da educação inclusiva tem se destacado nas principais esferas do sistema educacional brasileiro como um paradigma educacional, que é fundamentado na concepção de direitos humanos, que considera a igualdade e a diferença como valores indissociáveis e que progride em relação à ideia de equidade ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola (Brasil, 2008).

 

Quando perguntado às gestoras se haviam recebido algum tipo de formação sobre a temática das AH/SD, apenas duas relataram que sim, mas que sem profundidade.

 

No transcorrer das entrevistas, quando foi questionado se as gestoras participavam das decisões referentes aos temas que compõem as formações continuadas para os professores de suas escolas, a resposta foi unânime: “SIM. Entretanto, em nenhuma formação para os professores de suas escolas foi proposto o tema das AH/SD.

 

Conforme Lück (2009), nas competências de planejamento e organização do trabalho escolar, destaca-se que o gestor

 

[...] promove o delineamento de visão, missão e valores com os participantes da comunidade escolar e a sua tradução em planos específicos de ação, de modo a integrá-los na organização e modo de fazer das diferentes áreas de atuação da escola (Lück, 2009, p. 31).

 

Desta forma, entende-se que os gestores educacionais tendem a trazer para as formações continuadas para seus professores aqueles temas que são do seu conhecimento e interesse, ou aqueles que atendem as necessidades urgentes da


 

escola e das demandas das famílias. Com isso, pode ser limitada a inclusão da temática das AH/SD, visto o quase inexistente número de estudantes identificados e matriculados nas escolas.

 

Em relação ao entendimento do gestor educacional sobre ações para ampliar o conhecimento dos colegas na escola sobre as AH/SD, percebe-se que a maioria

das  gestoras  considera  importante  a  formação  para  professores  incluindo  esta         

temática e que a simples abordagem do tema, por meio da entrevista, serviu como

reflexão sobre futuras ações dentro de suas escolas.

 

 

 

Considerões finais

 

 

 

Ao analisar o material obtido nas entrevistas junto às gestoras educacionais, a constatação foi de que essas profissionais o tiveram, em suas formações acadêmicas e continuadas, a oportunidade de aprender, especificamente, sobre a temática das AH/SD, motivo pelo qual o compreendiam a importância de incluí-la nas formações continuadas para professores de suas escolas. Notou-se, no entanto, uma postura de abertura e interesse pelo tema, tendo em vista que, para algumas das gestoras entrevistadas, o simples fato de terem participado da pesquisa serviu para que se sentissem desacomodadas, percepção que elas próprias manifestaram como um estímulo à maior aproximação do tema.

 

Aparentemente, as diretrizes e as orientações educacionais estão sendo descumpridas em prol de uma organização que atenda melhor” às demandas da escola ou funcione de acordo com os conceitos de suas mantenedoras. Desta forma, nas escolas em que o PPP estava válido, não haviam mecanismos específicos de inclusão previstos  para  os  estudantes  com  AH/SD.  Em  relação  à  utilização  de mecanismos, como por exemplo, o AEE para os superdotados, entendeu-se que cada escola tinha a sua forma de oferecer este serviço.

 

Verificou-se que, nas organizações escolares que fizeram parte da pesquisa, existem aspectos a se rever, iniciativas a se tomar, problemas a resolver, alguns mais urgentes do que outros, mas que o gestor educacional é um profissional essencial para equilibrar tudo isso e acrescentar qualidade ao trabalho que se desenvolve na escola.

 

Em  relação  às  gestoras  participantes,  ficaram  as  percepções  de  suas competências, seus esforços e suas dedicações ao desenvolverem seus ofícios nas escolas.

 

Embora se espere que esta pesquisa possa contribuir para a compreensão das relações do contexto escolar que envolvem a gestão educacional e os estudantes com AH/SD, é importante ressaltar que a intenção foi de trazer o tema à reflexão e discussão, não esgotá-lo. Retoma-se que as pesquisas sobre gestão educacional e AH/SD são quase inexistentes, não somente no Brasil. Deste modo, essa relação é fundamental para que o atendimento educacional aos estudantes com AH/SD tenha uma maior difusão e exploração para que o número de estudantes atendidos na


 

educação sica, queo alcança 1% do que deveria atingir (cerca de 5.000.000 de estudantes), possa aumentar. Entende-se que a continuidade desta pesquisa, bem como o estímulo a outros estudos e divulgações científicas de seus resultados sejam fundamentais para que se construam outros conhecimentos e aprimoramentos das práticas relacionadas à gestão educacional e as AH/SD.

 

 

 

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